Senar/MS auxilia produtores de Paraíso das Águas na conquista de mercado
Senar/MS auxilia produtores de Paraíso das Águas na conquista de mercado
Antes, vendendo apenas em feira pública, produtores agora fornecem aos supermercados da região
Um grupo de 11 produtores de hortifrúti de Paraíso das Águas – a 280 km de Campo Grande – deu um “salto” nas vendas, expandindo o fornecimento da feira pública do município para de os supermercados de Chapadão do Sul. Após o início da Assistência Técnica e Gerencial, do Senar/MS – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural e com a gestão organizada, alguns produtores chegaram a triplicar sua produtividade. Mobilização e organização da turma foi feita pelo Sindicato Rural de Chapadão do Sul.
Um dos exemplos é o do casal Antônio Casemiro e Anézia Vieira Casemiro. Após dois anos de assistência técnica do Senar/MS, a produção passou de 100 para 400 pés de alface por semana, com perspectivas de chegar a 600 unidades.
Antônio comenta como tudo começou: “Há oito anos trabalhamos com hortifrúti. Sempre com as folhas. Há dois anos com assistência técnica do Senar/MS, mudou muito, desde a produção até a venda. São cinco hectares e hoje produzimos 400 pés por semana. Antes eram só 100 pés por semana. Aprendemos o escalonamento e agora estamos construindo a terceira estufa e vamos aumentar mais 200 pés por semana. Chegar nos 600 pés”.
Além da assistência na produção, o Senar/MS facilitou a negociação com mercados da região para que os produtos fossem inseridos nas gôndolas dos estabelecimentos. “Antes íamos só para a feira de Paraíso e vendíamos para a merenda das escolas do município. O que produzir eles pegam. Nós não tínhamos acesso ao mercado. O Senar/MS fez o intermédio e conquistamos novos mercados. Se não fosse o Senar/MS a gente estaria na feira ainda, vendendo nossos pés de alface só”, disse.
No Sítio Rêgo D’água, Olenzina Justino e Antônio Gomes da Silva também recebem a assistência técnica. Com foco na produção de alface, cebolinha e abobrinha, o casal conheceu o Senar/MS por meio dos cursos oferecidos. “Mudou muita coisa, foi bom demais. Para gente produzir hoje em dia é difícil. Com a assistência técnica tem toda a orientação do manejo correto. Sentimos bastante na ajuda do plantio. Antes plantávamos um monte de coisa e perdíamos muito também. Agora fazemos o planejamento correto, para ter o ano inteiro plantamos de forma escalonada. Mudou nossa vida do plantio até a venda, porque nos ajudaram a entrar a venda nos mercados também”.
A assistência do Senar/MS também orientou os produtores no aspecto gerencial da propriedade. “Ajudaram no controle também. Não sabíamos nada. Vendeu, gastou e não sabíamos o que entrava e saía. Tudo que fazemos agora está no caderno. Mudou a vida de forma geral para gente. Foi uma reviravolta grande”, completou Antônio.
“O projeto começou com esse objetivo. Eles atendiam a merenda escolar, mas nada estável. Então surgiu a oportunidade de atender os mercados da cidade. Começaram com as estufas e a produzir mais para esse atendimento. Os grandes responsáveis por isso tudo foram os técnicos do Senar/MS, dando as orientações. E isso tudo anima o produtor, vendo o produto dele no mercado em vez do que era trazido do Ceasa geralmente”, comentou o presidente do Sindicato Rural de Chapadão do Sul, Lauri Dalbosco.
O supervisor do programa de hortifruticultura do Senar/MS, Flávio Corrêa, ressalta que o produtor rural precisa tratar sua propriedade como uma empresa. “O que nós mais buscamos, além de melhorar a parte produtiva, é ver o produtor fazendo a gestão da propriedade. Anotar, marcando os gastos, sabendo quanto custa para produzir. O produtor precisa entender que ele sua propriedade é uma empresa. Hoje atendemos 11 propriedades aqui em Paraíso das Águas e é muito gratificante chegar e eles te mostrarem o relatório completo, com os gastos, saídas, entradas. Produzir eles sabem, o diferencial dessa turma foi fazer e entender a gestão e as questões de mercado. E o resultado apareceu. Conseguimos duplicar e até triplicar algumas produções após eles entenderem esses detalhes”, resumiu.
Assessoria de Comunicação Sistema Famasul – Leandro Abreu