Atenção e dinâmica na ordenha proporcionam bem-estar animal e influenciam na qualidade do leite
Atenção e dinâmica na ordenha proporcionam bem-estar animal e influenciam na qualidade do leite
A cadeia produtiva da bovinocultura de leite é uma atividade que exige atenção redobrada, principalmente quando o assunto é ordenha. O método utilizado depende de fatores como o nível de produção dos animais, mas a higienização e bem-estar animal estão presentes independente do perfil da propriedade. Esses cuidados são tema da editoria #EducaçãonoCampo desta quarta-feira (11).
Para fazer a escolha do tipo de ordenha, se mecanizada ou manual, é preciso considerar algumas características da propriedade, como o número de vacas em lactação, capacidade de investimento do produtor, o capacitação técnica da equipe e o patamar de produção dos animais. Todos esses detalhes são observados no programa de Assistência Técnica e Gerencial do Senar Mato Grosso do Sul.
De acordo com a zootecnista e técnica do Senar/MS, Rejane Nunes Figueiró, a higienização é determinante na quantidade e qualidade do produto lácteo. “Para um bom funcionamento da ordenhadeira, é muito importante que haja manutenção de todo o conjunto. Temos que ter cuidado na forma como a limpeza dos equipamentos é realizada, levando em consideração o volume de água e quantidade de produtos utilizados. O mesmo cuidado deve ser tomado na ordenha manual, com a limpeza dos baldes e utensílios e o armazenamento em local seco e protegido”, explica.
Tambem requer atenção a preparação antes e durante a ordenha. “Conduzir as vacas até a sala de ordenha com tranquilidade; checar os tetos e higienizá-los, quando necessário, fazer o teste da ‘caneca de fundo preto’ para identificar se há mastite clínica ou qualquer alteração no leite. A qualidade do leite está diretamente ligada a limpeza que antecede a ordenha, e a quantidade tem relação mais direta com genética e o manejo das vacas”, acrescenta.
No manejo está o tratamento com os animais, que vai desde o fornecimento de uma boa alimentação, até o conforto térmico e a tranquilidade das vacas. “Muitas propriedades possuem barracões equipados com ventiladores e borrifadores de água, em outras são instaladas sombrites. As estruturas ajudam a reduzir o stress e consequentemente melhoram o desempenho. Quando todo o processo é feito da forma correta, com paciência por parte dos trabalhadores rurais e os procedimentos técnicos necessários, não existe sofrimento animal”, conclui.
Além do atendimento realizado pelo programa da bovinocultura de leite, o Senar/MS também oferece cursos gratuitos nesta cadeia produtiva voltados para gestão, manejo, criação, entre outras áreas.
Acesse senarms.org.br ou procure pelo sindicato rural do seu município.
Fonte: Assessoria de Comunicação do Sistema Famasul - Ellen Albuquerque