Confinar 2019: Saito ressalta adoção de novas tecnologias por produtores rurais no desenvolvimento rural
Confinar 2019: Saito ressalta adoção de novas tecnologias por produtores rurais no desenvolvimento rural
Evento foi realizado nessa segunda-feira (22) na sede do Sistema Famasul
“O número de focos de incêndios, no Estado, cresceu 239% em 2019. O que chama a atenção é que a maior parte desses casos de incêndios é causada pela falha do ser humano”. A afirmação foi feita pelo presidente do Sistema Famasul – Federação da Agricultura e Pecuária de MS, Mauricio Saito, durante o lançamento da 7ª edição da Campanha de Combate e Prevenção a Incêndios Florestais, promovida pela Reflore/MS - Associação Sul-Mato-Grossense de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas, nessa segunda-feira (22) com a presença de representantes políticos e rurais de Mato Grosso do Sul.
Saito destacou o atual cenário: “Entre janeiro a abril deste ano, foram registrados 1.024 focos, sendo que Mato Grosso do Sul ocupa o 4º lugar no ranking nacional do número de incêndios. Lembrando que desse total, aproximadamente, 57% ocorreu no município de Corumbá”. A importância da educação para diminuir o número de ocorrências em todo o estado também foi sinalizada pelo presidente: “Em 2018, o Senar/MS realizou 30 cursos de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais com mais de 400 participantes”.
Em seguida, o presidente da Reflore/MS, Moacir Reis, falou dos impactos dos focos para a sociedade. “Atualmente, Mato Grosso do Sul possui uma área de 1,1 milhão de hectares de floresta e nós sabemos que a tendência é aumentar. Por isso é grande a preocupação com o risco de incêndio. Quero destacar, porém, que além da questão econômica, tem a questão ambiental e social. Nosso trabalho é a longo prazo, na educação”.
O secretário da Semagro, Jaime Verruck, afirmou: “O tema dessa Campanha é forte: “Queimar é crime”, para conscientizar àqueles que criam queimadas a saber que estão cometendo crime. [...] Em nossas florestas plantadas temos toda a cadeia produtiva da celulose, como uma referência mundial nessa área e na produção de eucalipto, aí entra todas as questões dos acertos que são necessários, de como combater os focos”.
O analista ambiental do Ibama - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, Alexandre Pereira, apontou o contexto histórico dos incêndios, com os dados obtidos pelo INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. “Essa série história, que acompanhamos desde 1998 até os dias atuais, nos mostram que temos anos com muitos incêndios florestais e anos seguidos com poucos incêndios florestais. A importância maior dessa campanha é a conscientização”.
O coronel do Corpo de Bombeiros, Joílson Alves do Amaral, também ressaltou a importância das ações preventivas. “O pico dos focos é nos meses de junho a setembro. Nesse período, nós realizamos um planejamento para que estejamos preparados”.
Em seguida, o Deputado Estadual, Felipe Orro, deu ênfase à conscientização nas escolas rurais. “Com certeza uma campanha nas escolas vai dar grandes resultados”.
O gerente de comunicação da Reflore/MS, Fábio Duarte, apresentou as diretrizes da Campanha de Prevenção e Combate a Incêndios Florestas, cujo tema em 2019 é ‘Queimar é Crime’. No lançamento, Duarte apontou como causas dos fogos nas vegetações: “analfabetismo ambiental; fenômenos naturais; hábitos culturais; comportamentos; extrativismo; incidentes; entre outros”.
Participaram do evento: o vice-presidente do Sistema Famasul, Luis Alberto Moraes Novaes; o diretor-tesoureiro do Sistema Famasul, Marcelo Bertoni; o diretor-secretário da Famasul, Frederico Stella; o superintendente do Senar/MS, Lucas Galvan; o presidente da Aprosoja/MS, Juliano Schmaedecke; o presidente da Avimasul, Adroaldo Hoffmann; os presidentes dos sindicatos rurais de Maracaju, Christiano Binz; de Nova Alvorada do Sul, Telma Menezes e o diretor do sindicato de Camapuã, Antônio Silvério.